Quitting the quitanda
Por Cris Oliveira em 12/6/25
Tão de bem com a VIDA.
É PALADAR, ela entra falando assim. Nos cinemas lá no berço dA CULTURA ocidental, a pipoca é SOBRETUDO doce e consome-se sorvete em cone, vinho, café e confeitos. A pipoca salgada é MURCHA porque vende MENOS.
Como faz pra CHUPAR sorvete NO ESCURO? Tudo que é açúcar desse jeito goela abaixo, a LÍNGUA aflita, bafinho agridoce, pigarro, só pode.
Prefiro pastel E um LIVRO aqui sentada no banco perto dos caixotes de feira na quitanda & lanchonete do Geraldo.
Todo dia
aberta
dentro
DO AVESSO
salsa
esverdeada
em CONSERVA
O cheiro é mais forte onde o sol não bate, o das PESSOAS é acebolado em dias ensolarados.
Blusa grudada
evidentemente
caldinho de gente
NO TELÃO lábios pendentes e partes ARTICULADAS trançadas molhadas lambidas SALMOURA humana.
No seu Geraldo tem um SALGUEIRO na calçada, de ter que dar a volta entre cacos: oportunidades, a diversidade SALPICA onde?
NA PROSA de balcão, a mesma faixa etária resolvida escolhendo
sacolão
delivery
orgânico
brigadeiro
vegano
DE COLHER
bloquinho.
Ela vem equilibrada na sacola REUTILIZÁVEL, bagunçando estética com humanidade, uma turma INOVADORA que enrola seu próprio tabaco. Café coado na xícara, PEDE PRA passar o açúcar, o sorriso a SERventia da casa, UM POUCO MAIS, o meu é menos, mel ou demerara, se sugar eu sugo, falei porque já tinha engolido o milho.
A ordem não foi ESSA, eu tinha a boca cheia de milho e não sei por quê, se aqui é tão escuro insosso nessa VENDA tropeço esqueço, tem uma vereda. Se focar no desfile é possível decifrar a geração DE bonés com PALAVRAS:
Empoderada
A vida presta
Imponderada
Exausta, porém gostosa
Terrorista del Amor.
Tô PRESTES A SAIR daqui, mercúrio tá retrógraDO e hoje tá um FORNO, o banheiro anda empanturrado, tem UMA FILA de narizes entupidos.
Tão DE bem com a vida!
Bom mesmo é geleia caseira, se é pra reler leia INESCRITOS parágrafos inteiros de Luci Collin.