Foto de Gabriel Migão.

Manifesto

O que fazemos não é novo. A repetição de uma forma literária, o suficiente para ser considerada o único caminho possível, não significa a ausência de encruzilhadas. O que torna essas bifurcações interessantes, mesmo depois de tanto tempo, é a frequência com a qual foram percorridas. Na estrada pavimentada o tropeço é raro, o aclive é plano. Procuramos uma trilha em desnível, com pedras pontudas e galhos atravessados, com urtigas bem nutridas.

ponte-aguda

Percebemos: nunca passei por aqui; ou não me lembrava daqui; ou eis o meu corpo. Avenidas precisam de séculos para voltarem à selvageria.

Queremos a selvageria.